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Mostrando postagens de 2013

Como reconhecer um babaca sem o aplicativo Lulu

Ah, os babacas. Seres infinitamente rasos, fúteis e superficiais. O babaca, provavelmente, vive nesse mundinho artificial, etéreo e fulgurante pois tem tanto medo de mergulhar em si mesmo e se autoconhecer que perpetua uma ilusão, uma fuga. Seus monstros devem ser aterradores demais, mas fugir destes faz dele um fraco. Ele troca de mulher como quem troca de roupa, na mínima dificuldade se esquiva de enfrentar o problema, está sempre fazendo piadinhas e trocadilhos. Aparentemente se acha o rei da noite e das mulheres na tentativa de esconder a sua baixa autoestima e seu vazio. Ele é, frequentemente, uma casca seca, alguém sem conteúdo ou que optou por não mostrar conteúdo. Tem muitas amigas que o acreditam ser divertido, mas é amigo mesmo de,  no máximo,  apenas uma, entretanto adora que as outras acreditem que ele as faz confidentes. Manipulador e amigo de ocasião, se namora ou casa, some e faz o que a mulher (que frequentemente o trai) manda. É sem atitude e opinião própria. Am

Se homem dá trabalho, quero mais é passar muito trabalho!

Passar trabalho, você já ouvir essa expressão. E que ter um homem dá trabalho, você também já escutou. Eu já emiti esse juízo há anos atrás. Hoje, meu pensamento está distante desse, acredito que não funciona bem assim. Mas como sou mutante e, graças aos céus e a minha natureza eternamente renovável e imprevisível, nos dias de hoje afirmo categoricamente, em juízo perfeito, que, se homem dá trabalho, quero um carregamento do trabalho que ele possa dar. E não penso em homem o tempo todo, ao contrário,  mas também não os considero causadores de todo mal do mundo. Observo algumas amigas e conhecidas e seus velhos e mofados chavões de que homem não presta, viajar com eles é incômodo na certa, sair com um é dor de cabeça, blábláblá. Como disse Tati Bernardi no texto ataque de doçura (desculpem, amigas) isso é conversa de baranga que não trepa. Ou tem trepado muito mal com algum imbecil que, em desespero, catou pela rua. É amiga, acho que você precisa rever seus conceitos... Eu pe

Quando me transmutei em mulher

Em termos de amor, sempre fui uma ogra. Fugia desesperada ou botava a correr qualquer homem desajuizado o suficiente para se aproximar. Minha frase sempre foi "os que não fugiram, botei a correr". E escondia meu medo atrás da arrogância e muitas garrafas de bebida alcoólica, atitudes defensivas e humor ácido. O único cara que namorei por muito tempo foi exatamente aquele que não ameaçava meus sentimentos, alguém que decidi ser uma boa namorar, quase pedi para preencher um formulário. Enxerguei nele minha vontade de ter alguém e não a possibilidade de amar e foi exatamente por eu ter absoluto controle sobre as emoções que embarquei. Os outros (poucos) que balançaram meus sentidos e meu coração foram solenemente destratados ou ignorados, até mantidos à distância, tudo em nome desse medo enorme de me entregar, ser rejeitada ou simplesmente de não saber lidar com a perda. Sempre me perguntei como seria se morresse o alvo do meu afeto e a resposta não me agradou. Medo de qu

Sexo, sexo, sexo

Sou da teoria de que sexo cura tudo, mas não o sexo desregrado, sem afeto. Esse também ajuda, mas o sexo praticado com carinho e dedicação, cura até unha encravada. Um casal que faz sexo regularmente consegue desfazer ruídos na comunicação mais eficazmente do que os que apenas estão ao lado um do outro. Acredito no equilíbrio, 50% a 50%, cama e fora da cama. Pensando bem, estamos fazendo sexo mesmo quando não nos despimos, fazemos sexo quando somos carinhosos, quando beijamos singelamente a bochecha do amor, quando respeitamos seu silêncio, quando entendemos a piada apenas de olhar, quando estamos longe, mas estamos juntos. Sexo é a energia vital que pulsa em nosso sangue, é a vontade cruel, atormentada e deliciosa que antecipa a trepada, o beijo na boca que saliva embaixo. Sexo é imaginar você despido, me olhando com fome e matando minha sede. Sexo, meu senhor, é estar com você. É estar em você. Sexo é tão bom que deveria ser obrigatório. Não esse sexo usado como arma, infeli

Loucura, sombras e teias

O gênio, o crime e a loucura, provêm, por igual, de uma anormalidade; representam, de diferentes maneiras, uma inadaptabilidade ao meio. Fernando Pessoa A loucura é uma caverna. Na loucura é o isolamento da realidade ou a dificuldade em se relacionar com o mundo exterior que predomina, a dificuldade em aceitar ou lidar com as rotinas que nos são apresentadas que minam a capacidade de discernimento e interação com o meio. A loucura é como uma nuvem ou sombra que domina a mente humana, esvanece nossa vontade. Tenho refletido sobre as motivações da loucura, a causa desse tsunami que arrasta    um indivíduo  para longe do mundo ou de si. Acredito que enlouquecer também é refugiar-se, esconder-se em algum lugar obscuro de sua mente para evitar esse fio da navalha que é a vida. Salvo alguns casos (acredito que poucos) em que há disfunções fisiológicas irreversíveis, talvez ceder à loucura seja uma fuga, um esconderijo. Uma caverna. Um lugar em que a resistência em se adaptar, amadurecer

Meu mundo imaginário

Lendo o último texto da Claudia me peguei pensando....às vezes, em um sábado de manhã, quando consigo conversar melhor com minha mãe, depois da correria da semana, pergunto das novidades, e ela geralmente responde, "não tem nada de novo, a vida é assim". Sempre julguei esse comentário um tanto quanto depressivo, mas no fim das contas, essa frase tem sua parcela de verdade, quiça, verdade absoluta.  Quando criança, imaginava que na fase adulta tudo seria completamente diferente e quando cursava a faculdade, também imaginava minha vida profissional completamente diferente. E quando estivesse casada, não sou casada, mas sou tipo casada, eheheh, imaginava que tudo seria completamente diferente. E quando tiver filhos, provavelmente tudo também será completamente diferente do que imagino. Enfim, cheguei a conclusão que "imagino" demais e descobri recentemente que essa grande capacidade imaginativa se justifica astrologicamente, pois analisando meu mapa astral, ve

A tormenta e o beijo

Faz dias que me sinto assim, flutuando e voando, arrastada por um furacão. Faz dias, semanas, que essa ventania veio derrubando muros, mas ainda restam alguns. Continuando como está, não duvido nadinha que ponha abaixo os que sobraram. Faz dias que sinto esse furacão-brisa. Faz dias que somos lutadores de boxe em um ringue, nos avaliando, testando e medindo as palavras e os gestos. Faz dias que nos buscamos e afastamos, faz dias que nos olhamos, faz dias que você recua e volta, faz dias que eu apavoro. Faz dias que quero e tenho medo de querer, faz dias que sinto e sorrio, faz dias que as canções fazem sentido. Faz dias em que vejo o mundo com os olhos da poesia, que escrevo linhas imaginárias em suas costas, que falo "te adoro". Faz dias que busco suas íris e me espelho nelas, faz dias que ouço sua voz mesmo não falando com você. Faz dias que sinto você.  Faz dias que você ouviu meus chamados de tempos, Estranho Imperfeito. Meus textos antigos finalmente encontraram

O falso feminismo e a mulher pseudo-independente

Mulheres declaradas feministas há várias, declaradas independentes, idem. Publicações sobre um tal de desapego, declarações de que homens são iguais e não prestam, do poder feminino, um tal de borrar a maquiagem, eu me banco, saias curtas, fotografias, etecétera pipocam nas redes sociais. Uma eterna vitimização da mulher-coitadinha vítima do homem-predador-safado-acéfalo-tarado. Oi? Eu li isso? Pior, ouvi isso? Explique, minha amiga feminista, então você é a fodona, está certa 100% do tempo, não erra nunca, não pisa na bola e nem fala demais, mas insiste num chauvinista safado que lhe usurpa a vida, o amor e o direito? Ahn? Quando lhe dizem que todas as mulheres são iguais fica p* da vida, xinga até a quinta geração do cara, pobrezinha, mas joga na vala comum todos os homens que conhece, até aquele seu amigo gay fofo e mega sensível que lhe ouve resmungar o dia todo. Todos os homens são iguais, todos são maníacos e chatos, todos traem, todos mentem, todos isso e todos aquilo. Feit

Tente fazer o seu céu azul

Durante muito tempo, a música Pulsos da Pitty foi, digamos, meu hino. E percebo que hoje  ainda é. No que pese os comentários de que as músicas da Pitty são direcionadas aos adolescentes, isso pouco me importa. O relevante em uma música é o fato de a letra tocar sua alma, de alguma forma, despertar algum tipo de sentimento, e pronto, o resto é o resto.  A primeira estrofe da música, que tenho certeza, é do conhecimento de todos, é essa: " E um dia se atreveu a olhar pro alto; t inha um céu, mas não era azul,n o cansaço de tentar, quis desistir;s e é coragem, eu não sei" Como qualquer ser humano que habita a face da terra, minha vida é cheia de altos e baixos, nunca foi, nem por um minuto, segundo, milésimo, um mar de águas calmas. Sempre foi e é uma montanha russa de emoções. Embora você que tenha lido minha postagem anterior possa pensar, mas que contrassenso, antes ela dizia que todo dia fazia tudo sempre igual, agora diz que não goza de uma vida calma. Enfim, a

Parabéns para nós!

6011 visualizações em um ano de blog! Viva!! Um blog que começou por causa de um cara com quem me envolvi, que continuou me ajudando a superar isso, que me ajuda a processar as neuroses que carrego em mim, que aceita minhas alegrias, paixões e dores como uma terapia alternativa. Um blog que é a minha alma e, agora, também a alma da amiga Gisele, que fará dele seu diário, sua caneta afetiva e alegórica da vida. Deixei a escrita por vinte anos porque faltou o básico: amor, paixão, inspiração. Que não vêm apenas de um relacionamento, estão no amor à vida, na paixão pelo que se faz e, principalmente, nesse amor incondicional que tenho por MIM. Eu sou a lente que faz das palavras a manifestação da minha maneira peculiar de perceber o mundo, de analisar a vida (analiso o tempo todo, não adianta).  E a despretensão e espontaneidade é a nossa marca. Tristes, azedas, românticas ou sexuais, eu e a Gisele deixamos nosso ponto de vista aqui, mas que poderia ser o ponto de vista de vária

Todo dia tudo do mesmo

Chico Buarque, na música Cotidiano, dá a ideia de que a rotina é doce, desejada, a verdadeira face da felicidade, com os versos: “todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã. Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar, e essas coisas que diz toda mulher, diz que está me esperando pr'o jantar e me beija com a boca de café...” E, mesmo quando parece estar enfadado dessa rotina, afirmando que “todo dia eu só penso em poder parar...”, não consegue se desvencilhar dessa vida repetitiva que lhe parece tão leve, a tradução da perfeição.  Mas a rotina a qual sou submetida, diariamente, seja por imposição social, por obrigação da vida adulta, porque é o correto a ser feito, ou seja lá porque, não é doce e nem poética como na música de Chico Buarque. É enfadonha, tediosa, cansativa, desmotivante, sem brilho.E, se eu pudesse optar entre fugir e ficar, eu fugiria, correndo, voando, doida para me livrar d

Funkalização

Esse meu texto vem de uma inquietação não só minha: a super exploração da mulher objeto-gostosona-bombada-siliconada-e-quase-pelada como sinônimo de "poderosa". E da cafonice, breguice e superficialidade. E dos homens que se acreditam plenos e absolutos por estar forrando os bolsos com canções rasteiras, rasas e fúteis.  O mundo diz que não é machista, se disfarça de moderno e liberal, faz discursos de igualdade feminina, divisão de tarefas e muitos outros assuntos, mas glorifica a mulher que não faz escolhas emocionais e responsáveis, que age como um pedaço de carne pendurado em um açougue, que usa o sexo como arma e vê as outras mulheres como rivais e "invejosas". Seus parceiros são pessoas de gosto e canções duvidosas, mas cheios de pretensão. Sim, elas podem ser um produto e cantoras de funk; sim, os rappers ou os funqueiros comerciais nos expõem como gado em suas letras perniciosas ou vulgares. Se são produtos é por haver quem rode essas canções em festas,

Ninguém abriu a porta

Foi assim, um beijo. Mas ninguém abriu a porta. Não pedimos licença para entrar na vida um do outro, era para ser um beijo aqui, outro ali e mais nada. Era para ser um até logo, nos vemos em algum sábado e continuaríamos a ser amigos, como se nunca houvesse acontecido. Mas aconteceu e inúmeros outros vieram depois. Vieram os amassos (que amassos, chocamos o pessoal do bar), veio essa química, física e biologia maluca de algum lugar que não sabemos dizer. O engraçado é que nunca olhei você com outros olhos, nunca pensei em ficar com você. Claro, gato, seu charme é indiscutível, mas sei lá. Estava tão envolvida com esse meu coração eternamente mal resolvido (você também, confesse) que nunca parei para observar como é interessante, debochado e divertido. Não sabia que gosta do Christopher Nolan como eu, que curte as mesmas bandas que eu e que é tão fanático pelo nosso time como eu. O cara frágil e cheio de dúvidas que é. Sabe, preciso confessar, quando releio meus textos sobre o Es

Desistências e covardias

Assumo, sou perita em desistir, cair fora. Mesmo indiretamente, estou sempre procurando motivos para desistir, abandonar, largar de mão. Provoco situações até inconscientemente, pensando bem, não passo segurança alguma para o desavisado que se aproximar de mim. Sou um abismo. Corrigindo, sou O abismo. Não mergulhe em mim, não se aproxime. Nos arrependeremos os dois. Mesmo quando tento ser legal, sou um desastre. O   xadrez amoroso   é um emaranhado de atitudes e decisões que não combinam comigo. Essa história de tentar, curtir, ir levando é uma tortura psicológica para mim. Não convivo bem com defuntas, vivas ou ilusórias, não convivo bem com homens indecisos, inseguros. Não convivo bem com os princípios, não está ao meu alcance essa habilidade de fingir não ver. Sou muito perceptiva, dificilmente escapa alguma situação, para piorar, me torturo com stalks frequentes em páginas alheias de ex qualquer coisa, meus ou dele (o desavisado). Vejo algum ex (meu) sozinho, penso, bom, o mun

Eles

E eles estavam perdidos, perdidamente apaixonados um pelo outro. E eles estavam bobos, bobamente felizes um com o outros. E eles eram alegres, alegres por estarem juntos. E eles tinham sonhos e faziam planos. Eles voavam, voavam um com o outro. E eles cantavam, cantavam suas canções. E eles viviam, viviam em seu amor.

Síntese

Gosto dos teus pedaços e dos teus inteiros Saboreio teus sabores em minha boca Engulo sua alma ao ver seus olhos Seguro seu coração enquanto lhe abraço Toco sua vida porque existo.

Porquê gosto tanto de Revenge

Meu vício inquietante, ultimamente, tem sido essa série perturbadora sobre os meandros e labirintos da mente humana, seus medos, suas perversidades, motivações e falhas. Joseph Cambpell, em uma vida de estudos e pesquisas, descreve que os mitos são a maneira encontrada pela humanidade de lidar com seus medos e inseguranças mais profundas, assim como com seu lado sombrio e que não compreende. Na atualidade, em que a ciência racionalizou a vida e o mundo, em que as ditaduras da vida são cruéis, as séries e os seriados lidam com nosso emocional como os mitos o faziam antigamente. Nos desvendamos em cada episódio, nossa nudez subjetiva se faz por ali, mesmo que não o admitamos. As situações apresentadas podem ser hiperdimensionadas, mas são reais em sua incisiva apresentação da vida disfarçada de ficção. Somos nós em nossa sordidez e medo, em nossos traumas e experiências, representados por personagens ambíguos e humanos que nos tocam de maneiras inimagináveis. As motivações, sua busca

Você não será o homem da minha vida

Houve um tempo em que acreditava nessa balela de homem da vida de uma mulher, mulher da vida de um homem. Que havia uma pessoa destinada para nós e que seria o amor da minha vida, da sua vida, que marcaria para todo o sempre e que se morresse nos encontraríamos em algum lugar do universo. Que bobagem! Escutei isso de um amigo, dia desses em que ele falou da ex como a "mulher da vida dele" e pensei que não há um "homem da minha vida" e nem haverá. Como assim, não haverá? Oras, EU sou a pessoa da minha vida, eu sou o ser humano mais importante para mim que conheço, simples. Eu sou importante demais para deixar alguém me usurpar o direito da tentativa, o direito a um encontro de bocas, corpos e pensamentos. Pertenço a mim e a mais ninguém, a nenhum homem darei o poder de ser dono absoluto de meu coração. A não ser que seja meu filho, lógico. E a mulher da vida de um homem deve ser sua filha. É no que acredito.  Saber que o passado é uma roupa que não nos s

O princípio

Os começos são difíceis, imprevisíveis e angustiantes. Começar ou recomeçar exige paciência, vontade e uma coragem que pode fugir ao mínimo sinal de sair da rota. Não sabemos como agir, o que falar, a ansiedade une-se ao nervosismo e ao medo, transformando uma situação comum em uma hipérbole invisível e assustadora, uma visão do nosso pânico inconfessado em ser feliz, em continuar. Em entregar-se. A entrega sempre é um desafio, uma provocação aos nossos nervos. Caminhamos em areia movediça, em um terreno insólito e desconhecido. O novo assusta, espanta e paralisa alguém como eu. A verdade é que sair da caverna  e  realmente presentear-se com a luz e com o risco é aterrador. Ser feliz dá medo. Tenho medo de me partir, envolver pelo estado de espírito bruxuleante e acolhedor que quer driblar os muros que ergui há vários anos para me defender. Nem a cerca eletrificada e o arame farpado podem dar jeito nisso. Peço socorro ao meu protetor etéreo, mas ele ri. Ri de mim, da sit

Caminho

Caminho por onde conheço, não sei de pedras, já as tirei Não sigo indicações, não lembro de placas Vou ao meu rumo, com segurança Tenho medo e pouca fé, conheço o vazio Mas não sei onde ir e nem como chegar.

O Eu e o Nós - a terceira pessoa do plural

Comigo foi um dos motivos, com você também e com as minhas amigas idem. A conjugação dos verbos é essencial para um casal, o devido tempo verbal e a necessária concretização do coletivo duplo. Quando para você é nós e o outro está apenas no ele, algo está muito errado. Precisamos ter nosso espaço, mas quando o outro é só ele e você quer o nós, quando o MEU carro, a MINHA cama e o faço o que EU quero tomam conta, a conversa descambou. A relação é eu dou, mas não recebo. Eu planejo por nós e ele (a) por si. Eu faço planos e lhe incluo, o outro (a) não. E o desgaste e a subsequente falta de vontade, respeito e amor vai tomando conta de você, como uma sombra que lhe consome. O desânimo acaba minando a sua auto-estima, parece que você não tem direito a ser correspondido (a), de ter reciprocidade, de ser amado (a). Quem ama mais o seu umbigo não tem como erguer os olhos e perceber o outro e o mundo que se descortina com o amor correspondido. De tantos "Eu", o "Nós"