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Mostrando postagens de setembro, 2013

Parabéns para nós!

6011 visualizações em um ano de blog! Viva!! Um blog que começou por causa de um cara com quem me envolvi, que continuou me ajudando a superar isso, que me ajuda a processar as neuroses que carrego em mim, que aceita minhas alegrias, paixões e dores como uma terapia alternativa. Um blog que é a minha alma e, agora, também a alma da amiga Gisele, que fará dele seu diário, sua caneta afetiva e alegórica da vida. Deixei a escrita por vinte anos porque faltou o básico: amor, paixão, inspiração. Que não vêm apenas de um relacionamento, estão no amor à vida, na paixão pelo que se faz e, principalmente, nesse amor incondicional que tenho por MIM. Eu sou a lente que faz das palavras a manifestação da minha maneira peculiar de perceber o mundo, de analisar a vida (analiso o tempo todo, não adianta).  E a despretensão e espontaneidade é a nossa marca. Tristes, azedas, românticas ou sexuais, eu e a Gisele deixamos nosso ponto de vista aqui, mas que poderia ser o ponto de vista de vária

Todo dia tudo do mesmo

Chico Buarque, na música Cotidiano, dá a ideia de que a rotina é doce, desejada, a verdadeira face da felicidade, com os versos: “todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã. Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar, e essas coisas que diz toda mulher, diz que está me esperando pr'o jantar e me beija com a boca de café...” E, mesmo quando parece estar enfadado dessa rotina, afirmando que “todo dia eu só penso em poder parar...”, não consegue se desvencilhar dessa vida repetitiva que lhe parece tão leve, a tradução da perfeição.  Mas a rotina a qual sou submetida, diariamente, seja por imposição social, por obrigação da vida adulta, porque é o correto a ser feito, ou seja lá porque, não é doce e nem poética como na música de Chico Buarque. É enfadonha, tediosa, cansativa, desmotivante, sem brilho.E, se eu pudesse optar entre fugir e ficar, eu fugiria, correndo, voando, doida para me livrar d

Funkalização

Esse meu texto vem de uma inquietação não só minha: a super exploração da mulher objeto-gostosona-bombada-siliconada-e-quase-pelada como sinônimo de "poderosa". E da cafonice, breguice e superficialidade. E dos homens que se acreditam plenos e absolutos por estar forrando os bolsos com canções rasteiras, rasas e fúteis.  O mundo diz que não é machista, se disfarça de moderno e liberal, faz discursos de igualdade feminina, divisão de tarefas e muitos outros assuntos, mas glorifica a mulher que não faz escolhas emocionais e responsáveis, que age como um pedaço de carne pendurado em um açougue, que usa o sexo como arma e vê as outras mulheres como rivais e "invejosas". Seus parceiros são pessoas de gosto e canções duvidosas, mas cheios de pretensão. Sim, elas podem ser um produto e cantoras de funk; sim, os rappers ou os funqueiros comerciais nos expõem como gado em suas letras perniciosas ou vulgares. Se são produtos é por haver quem rode essas canções em festas,

Ninguém abriu a porta

Foi assim, um beijo. Mas ninguém abriu a porta. Não pedimos licença para entrar na vida um do outro, era para ser um beijo aqui, outro ali e mais nada. Era para ser um até logo, nos vemos em algum sábado e continuaríamos a ser amigos, como se nunca houvesse acontecido. Mas aconteceu e inúmeros outros vieram depois. Vieram os amassos (que amassos, chocamos o pessoal do bar), veio essa química, física e biologia maluca de algum lugar que não sabemos dizer. O engraçado é que nunca olhei você com outros olhos, nunca pensei em ficar com você. Claro, gato, seu charme é indiscutível, mas sei lá. Estava tão envolvida com esse meu coração eternamente mal resolvido (você também, confesse) que nunca parei para observar como é interessante, debochado e divertido. Não sabia que gosta do Christopher Nolan como eu, que curte as mesmas bandas que eu e que é tão fanático pelo nosso time como eu. O cara frágil e cheio de dúvidas que é. Sabe, preciso confessar, quando releio meus textos sobre o Es

Desistências e covardias

Assumo, sou perita em desistir, cair fora. Mesmo indiretamente, estou sempre procurando motivos para desistir, abandonar, largar de mão. Provoco situações até inconscientemente, pensando bem, não passo segurança alguma para o desavisado que se aproximar de mim. Sou um abismo. Corrigindo, sou O abismo. Não mergulhe em mim, não se aproxime. Nos arrependeremos os dois. Mesmo quando tento ser legal, sou um desastre. O   xadrez amoroso   é um emaranhado de atitudes e decisões que não combinam comigo. Essa história de tentar, curtir, ir levando é uma tortura psicológica para mim. Não convivo bem com defuntas, vivas ou ilusórias, não convivo bem com homens indecisos, inseguros. Não convivo bem com os princípios, não está ao meu alcance essa habilidade de fingir não ver. Sou muito perceptiva, dificilmente escapa alguma situação, para piorar, me torturo com stalks frequentes em páginas alheias de ex qualquer coisa, meus ou dele (o desavisado). Vejo algum ex (meu) sozinho, penso, bom, o mun