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Ora

Ora sou tempestade, ora sou vento Ora sou brisa, ora sou flor Muitas vezes espinhos, tantas outras sorriso Som e fúria, alegria e dor Ora sou uma, agora sou Eu.
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Dessas cartas de amor

Tento escrever sem parecer clichê ou piegas, mas as palavras que são tão fáceis de encontrar parecem fugir de mim. Talvez eu esteja envergonhada ou subitamente tímida, veja só. Mas você causa isso e muito mais em mim. Sei que pode ler meus escritos antigos e pensar que é mais um ou que sou volúvel, a verdade é que os outros foram o caminho, você sempre foi e é meu destino. Aliás, somos o destino um do outro. Você sabe. Sei que gostaria de não sentir o que sente e até ensaiou fugas, sei que está surpreso e confuso. Você não é perfeito e comete falhas, saiba que a perfeição está longe de mim. Então o aceito como é, meu amor enxerga seus defeitos e problemas e isso o faz humano. Hoje em dia, todos querem pessoas perfeitas, relações sem dificuldades, gente sem problemas, porém somos reais e carregamos uma bagagem de vida que nos deixa inseguros, orgulhosos, covardes, assustados. Essa é a vida, a vida possível. Em alguns momentos é pesada e rouba a espontaneidade, quero que a gen

Para você

Há muitas mulheres em mim, todas intensas, profundas e fora dos padrões. Minha multiplicidade me fez e faz ser uma rebelde, uma inconformada, uma questionadora. E, no momento em que escrevo essas sinceras linhas, me dei conta de que todas essas mulheres amam você, my burning love. Você que é por quem eu sempre procurei e não sabia, que é tudo que quero e não sabia. Você, só você teve as mais apaixonadas e verdadeiras declarações de amor, você que é o imperfeito mais certo para mim. Você, que teve meu tempo, meu medo, meu corpo, minha mente, minha alma. Você faz todas as músicas e poesias se encaixarem e, enfim, eu perceber a dimensão desse sentimento que tomou conta de mim. Aquela música da banda Queen, You are my best friend, por exemplo. Tinha a sensação de que quando associasse alguém a essa canção teria encontrado uma pessoa por quem valeria a pena derrubar meus muros. E, olha só, do nada, um dia, pensei em você e nessa música ao mesmo tempo. Sabe o por quê? Amore mio

De onde vem os poemas

Fiquei anos sem escrever poesias ou textos porque faltou o ingrediente principal das minhas transpirações e inspirações: sentimento. Sim, clichê, não é? Justo eu, que sempre fiquei alguns graus fora do ângulo, cometo esses clichês e ou lugares comuns. Mesmo querendo fugir, tropeço nesse troço insondável chamado amor e suas implicações ora leves, ora duras e que tão lindamente me fazem sentir a vida correndo nas veias e deslizando para meus textos e poesias. Para minhas palavras atingirem fulminantemente o cérebro e os corações alheios primeiramente o meu cérebro e meu coração precisam estar flechados e perplexos com emoções indizíveis e mágicas. Sim, acredito na magia dos momentos e na poesia suave que pode ser criada a partir de um sentimento. Meu coração precisa ter um tanto de ideias e um tanto de pessoas dentro dele para que as emoções fluam e se transformem em poesias e textos. Para que eu flua e me transforme em poesia. Um equilíbrio de emoções que até podem parecer

Sinta

Estendo os braços, tento alcançar O pensamento escorrega, desisto de pegar penso, não está tão longe, quem sabe tomo nas mãos Não, de dor e tentativas eu entendo Quero falar, mas o azar vem pegar Olho para o céu e a distância é o que estou a enxergar Sorte agora, fico a desconfiar A Deusa aconselha, sossegue seu coração que está a palpitar Respire fundo, relaxe acalme Que a vida não espera Tenha paz, tenha paciência, tenha amor Que os pensamentos silenciam Sinta o vento, sinta a chuva, sinta a noite Sinta seu peito a estourar Sinta-se plena, fique feliz Por que o modo vida está a recomeçar Tenho medo, quero recuar Que faço? Que digo? Fico? Melhor apenas deixar viver, deixa rolar. Que a vida não espera e meu coração quer sossegar.

Medicação

Medicação para dor da alma Medicação para sensibilidade aguçada Medicação para Vazio existencial Medicação para o choro que brota do fundo Medicação para a dor de perder uma amiga Medicação para o desânimo Medicação para o sofrimento Medicação para a tristeza Medicação para a insatisfação Medicação para os pensamentos acelerados Medicação para dormir Medicação para acordar Medicação para embotar suas emoções, seus sentimentos Medicação que tira o prazer de comer, de beber, de respirar, de sentir Mas você consegue sair da cama Se vestir, comer Nada tem gosto, entrega ou vibração É isso, não vibramos Mas estamos medicados Tesão? A medicação tira Orgasmo? A medicação rouba Entusiamo? A medicação termina Mas você acorda, se veste, come, bebe um café Aquele bolo de chocolate perde o gosto Aquela pizza de camarão perde o sabor Aquele beijo é sem entrega Mas você está medicado Feliz feito um zumbi Vivo feito uma estátua Você quer morrer mesmo assim Porquê com

Eu em mim

Eu estive aqui ontem. Hoje, sou outra a surgir. Eu estive aqui há um mês. Hoje, não quis voltar a dormir. Eu estive lá há um ano. Voltei agora e eu não sou o mesmo lugar. Eu me apaixonei há quatorze meses. Hoje, sou outra e não amo. Eu amei profundamente há três anos. Hoje, lembro com um afeto intenso, mas é outro o coração que pulsa. Eu me namoro hoje. Há oito meses queria morrer. Não sou a mesma em mim, mas somos as mesmas em processo de mudança. A Claudia melancólica, a Claudia fechada, a Claudia vibrante, a Claudia sombria, a Claudia falante. A Claudia quieta. A Claudia poeta. A Claudia que é a água de um rio, o sopro do vento, a chama da vela e a floreira da orquídea. A Claudia que me habita e a quem amo muito. A desesperança e o desânimo são intangíveis e impermanentes.  Meu amor por mim é árvore, que cresce um pouco todos os dias. Sou eu em mim, na mudança do hoje e do amanhã.