No embalo da noite, danço Remexo os braços, alinho a coluna Cerro as pálpebras, sinto Bato meus pés, visto minhas fantasias Sonhos, pesadelos No embalo da noite, canto A Lua, minha testemunha Me beija, bafeja Queda o pranto, lamento No embalo da noite, sou Pijama, pantufas Sonhos, fantasia e ilusão Agitação, solidão, eu Anoitece em mim, pesa O colchão me abraça, o travesseiro acaricia No embalo da noite, sonho Choro Grito Suspiro No embalo, sou noite Sou minha.
Uma mistura confusa de objetividade e sensibilidade, de mulher e poeta, de gente e de sonhos. Metade noite e pensamentos, metade ativa e solar. Como Perséfone, que inverteu a ordem do Reino do Submundo.