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Mostrando postagens de agosto, 2016

Dança da noite

No embalo da noite, danço Remexo os braços, alinho a coluna Cerro as pálpebras, sinto Bato meus pés, visto minhas fantasias Sonhos, pesadelos No embalo da noite, canto A Lua, minha testemunha Me beija, bafeja Queda o pranto, lamento No embalo da noite, sou Pijama, pantufas Sonhos, fantasia e ilusão Agitação, solidão, eu Anoitece em mim, pesa O colchão me abraça, o travesseiro acaricia No embalo da noite, sonho Choro Grito Suspiro No embalo, sou noite Sou minha.

Há o quê?

Existe algo intangível em cada segundo passado longe Perto ou distante Há dor, há nada, há tudo, há o quê? Existe algo inexplicável em cada segundo passado longe rancor, dor, coisas vãs Há língua, há palavras, há silêncio, há o quê? Existe algo inexorável em cada segundo passado longe vida, morte, angústia Há equívoco, há encontros, há tudo, há o quê? Existe algo imponderável em cada segundo passado longe Agora ou amanhã Há dor, há abismos, há respostas, há o quê? Existe algo indelével em cada segundo passado longe Forte, macio, suave Há força. há fragilidade, há você.

Solidão, tempo Que esperar dos meus minutos Solidão, espera Ansiedade ao piscar os olhos Solidão, medo, angústia A vida devagar apunhala, zomba E sussurra a realidade Solidão, lágrimas, soluços A vida umedecendo a pele, escorrendo na face Olhos que vêem, molham, procuram Olhos que se perdem e se encontram Solidão, tempo Não passa, não muda Vou aqui, ali, viajo Nada muda aqui dentro, aqui fora Solidão, temor, pânico Sufocando, roubando o ar, a paz Roubando a mim Solidão, tempo, medo Solidão Nome certo, horas inadequadas, tempo sem fim Angústia perene Vida Sobrevivendo Caos, despencando no vazio Solidão, solidão Barulho, palavras Sempre solidão Sempre eu Cansei de mim, dos pensamentos Solidão que me devora Que me amola Que imola a minha paz Que anseia e rouba a luz Solidão.