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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Maiores abandonados a procura de corações solitários

Sugiro ler com John Mayer como fundo musical Postei a frase título desse texto em um dos meus perfis numa rede social, para minha sorte, algumas pessoas que me conhecem entenderam o tom da postagem. Foi uma ideia para essas linhas e não é de hoje que posto algo parecido. Porque a grande verdade e, talvez, umas das pequenas tragédias da vida moderna na Era das Relações Líquidas seja cada vez mais individualidade, cada vez mais solidões pequenas arrastadas em nossos dias, cada vez mais medicações tarja preta moderando nosso humor e cada vez mais fugas reais ou imaginárias de uma realidade egoísta e desalentadora. Se há muitas conquistas boas em nossa vida, há muitos desencontros e desamores na atualidade. As pessoas associam amar e se relacionar enquanto casal com dor, rejeição e incomodação. Acredito que pode ser de outra maneira, desde que se respeitam as diferenças e, principalmente, as percebamos como parte integrante da relação e necessárias ao crescimento da pessoa e do cas

O território a ser demarcado sou eu e não meu perfil

Para ler enquanto escuta Robbie Wiliams, sim escrevi esse texto com ele em meus ouvidos. Nas redes sociais homens e mulheres demarcam territórios virtualmente afetivos nos perfis de um e outro, há alguns códigos não definidos e muitos eu te amo, você é isso e aquilo, indiretas ou diretas em comentários, marcação de nomes em postagens e por aí afora. Me pergunto, aliás, lhe pergunto, quais territórios reais almeja demarcar? Qual é a sua vontade verdadeira, aquela escondida em seu coração? Amigo, se for eu, lhe aviso: demarque minha pele e não meu perfil, telefone para mim em vez de abarrotar minha caixa de entrada com mensagens. Se aproprie do meu coração e não da minha linha do tempo. Olhe nos meus olhos, fixe meu rosto em sua retina. Me faça sentir o que sente com suas mãos em minha cintura.  Suas postagens ou comentários em nada aumentam a força de sua presença em minha vida. Não há uma troca real, um entrosamento, uma sintonia. No mundo virtual, somos e criamos ilusõe

Goste de alguém que seja fiel a si

"Não era para ser" é uma frase que as pessoas dizem umas as outras quando fracassam em suas tentativas amorosas, assim como "não daria certo". Quem disse esses absurdos tem uma síndrome horrível de derrotismo para o destino, para a vida e para consigo. Por isso, discordo, alguém não fez acontecer. Ponto. Você não fez acontecer, não permitiu que algo o tirasse de sua zona de conforto e o estimulasse, desafiasse. Você não fez acontecer. Simples assim. Você, acostumado a controlar tudo em si e ao redor, ou tentar, ao menos, se viu sem saber como agir e furou. Furou os balões imaginários dos diálogos, furou a bolha de afeto que poderia ter. Mesmo pensando que pode ser bom ou ótimo estar com aquela pessoa, foge, some ou rompe, sem motivos reais, apenas por medo, facilidade ou não saber o que quer. Você se traiu. Sou uma pessoa fiel a si, aos seus sentimentos e valores. Inclusive, quando, mesmo tendo fortes inclinações afetivas por alguém, sinto que ele não é h

A geração líquida

Tem chegado aos meus ouvidos histórias dessa geração que vai dos 16 aos 26 anos que me deixam pensando para onde irá a humanidade. Cada namorico de um mês ou pouco menos de um ano é desculpa para perder totalmente a cabeça, tentar ou cometar suicídio, se entupir de medicações tarja preta e armar cenas dignas de algum filme tragicômico. Me pergunto, o que está havendo? Uma menina de vinte anos que conheço rompeu com o namorado e fez a mãe dormir com ela, vários cortam os pulsos ou procuram psiquiatras para entorpecer a dor. Nessa mesma idade, eu chorava por umas duas semanas, bebia muito e em um mês ou menos, estava pronta para outra. Nunca me passou pela cabeça suicídio ou me entupir de remédios para fugir de uma dor, que, convenhamos, é totalmente narcisista. Afinal, onde foi parar a capacidade de lidar com as frustrações? Deve ter ido para algum lugar escondido pelos pais e por essa virtualidade toda das redes sociais. Inegável que a Internet aproxima as pessoas, mas, perg

A arte de remendar

Remendar um coração é tarefa difícil, complicada. Se muito tempo passa entre um remendo e outro, as chances de seu coração se aprontar rápido e se defender menos, assim como não fazer muita merda por ter tido tempo de refletir sobre os erros, inclusive os seus, são maiores. Mas e quando os remendos sucedem um atrás do outro em um espaço de poucos anos? Não, pessoas, nem sempre a criatura tem um coração vagabundo, muitas vezes, é alguém que aprendeu o que quer e como quer se sentir em uma relação e isso seleciona futuros envolvimentos com sabedoria. E a pessoa vira um imã para quem procura o mesmo, ainda que não admita. Há sim, alguém por aí, que pode não ser a pessoa adequada para você, mas é a certa (tenho uma teoria sobre o certo e o adequado). E podem estar em maior número do que imagina. O que as faz ficar com você ou não é um fator controverso. Independente disso, conheço pessoas que nem olham para os lados exatamente por medo de ter que se remendar. Já escrevi reflexõe

Pegue seu violão, amor

June Carter e Johnny Cash Você, que toca várias cordas e acordes em seu violão, que arranca sons de cada canto em que se instala, toque meu coração. Você, que faz minha garganta arranhar cantando junto, que faz meu corpo balançar, toque meu coração. Você, que inunda o meu mundo de música, toque meu coração. Você, que tocou tantos corpos, que arrebatou tantas almas, que rompeu preconceitos, que manteve sua autenticidade, toque meu coração. Você, que venceu suas fraquezas, que assumiu suas fragilidades e se fez forte, toque meu coração. Você, que transformou meu mundo em música, toque meu coração. Tocar o corpo de uma mulher é fácil, mas tocar o coração dessa mulher aqui, talvez seja sua composição mais complexa. Escreva notas musicais em minha vida, amor. Componha sua sinfonia particular em cada um dos passos que damos. Me transforme em sua musa e seja meu muso. Me inspire, babe. Me transpire, componha seu suor em minha pele, amor. Faça de minha vida um dueto com a sua, que