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Mostrando postagens de agosto, 2013

Eles

E eles estavam perdidos, perdidamente apaixonados um pelo outro. E eles estavam bobos, bobamente felizes um com o outros. E eles eram alegres, alegres por estarem juntos. E eles tinham sonhos e faziam planos. Eles voavam, voavam um com o outro. E eles cantavam, cantavam suas canções. E eles viviam, viviam em seu amor.

Síntese

Gosto dos teus pedaços e dos teus inteiros Saboreio teus sabores em minha boca Engulo sua alma ao ver seus olhos Seguro seu coração enquanto lhe abraço Toco sua vida porque existo.

Porquê gosto tanto de Revenge

Meu vício inquietante, ultimamente, tem sido essa série perturbadora sobre os meandros e labirintos da mente humana, seus medos, suas perversidades, motivações e falhas. Joseph Cambpell, em uma vida de estudos e pesquisas, descreve que os mitos são a maneira encontrada pela humanidade de lidar com seus medos e inseguranças mais profundas, assim como com seu lado sombrio e que não compreende. Na atualidade, em que a ciência racionalizou a vida e o mundo, em que as ditaduras da vida são cruéis, as séries e os seriados lidam com nosso emocional como os mitos o faziam antigamente. Nos desvendamos em cada episódio, nossa nudez subjetiva se faz por ali, mesmo que não o admitamos. As situações apresentadas podem ser hiperdimensionadas, mas são reais em sua incisiva apresentação da vida disfarçada de ficção. Somos nós em nossa sordidez e medo, em nossos traumas e experiências, representados por personagens ambíguos e humanos que nos tocam de maneiras inimagináveis. As motivações, sua busca

Você não será o homem da minha vida

Houve um tempo em que acreditava nessa balela de homem da vida de uma mulher, mulher da vida de um homem. Que havia uma pessoa destinada para nós e que seria o amor da minha vida, da sua vida, que marcaria para todo o sempre e que se morresse nos encontraríamos em algum lugar do universo. Que bobagem! Escutei isso de um amigo, dia desses em que ele falou da ex como a "mulher da vida dele" e pensei que não há um "homem da minha vida" e nem haverá. Como assim, não haverá? Oras, EU sou a pessoa da minha vida, eu sou o ser humano mais importante para mim que conheço, simples. Eu sou importante demais para deixar alguém me usurpar o direito da tentativa, o direito a um encontro de bocas, corpos e pensamentos. Pertenço a mim e a mais ninguém, a nenhum homem darei o poder de ser dono absoluto de meu coração. A não ser que seja meu filho, lógico. E a mulher da vida de um homem deve ser sua filha. É no que acredito.  Saber que o passado é uma roupa que não nos s

O princípio

Os começos são difíceis, imprevisíveis e angustiantes. Começar ou recomeçar exige paciência, vontade e uma coragem que pode fugir ao mínimo sinal de sair da rota. Não sabemos como agir, o que falar, a ansiedade une-se ao nervosismo e ao medo, transformando uma situação comum em uma hipérbole invisível e assustadora, uma visão do nosso pânico inconfessado em ser feliz, em continuar. Em entregar-se. A entrega sempre é um desafio, uma provocação aos nossos nervos. Caminhamos em areia movediça, em um terreno insólito e desconhecido. O novo assusta, espanta e paralisa alguém como eu. A verdade é que sair da caverna  e  realmente presentear-se com a luz e com o risco é aterrador. Ser feliz dá medo. Tenho medo de me partir, envolver pelo estado de espírito bruxuleante e acolhedor que quer driblar os muros que ergui há vários anos para me defender. Nem a cerca eletrificada e o arame farpado podem dar jeito nisso. Peço socorro ao meu protetor etéreo, mas ele ri. Ri de mim, da sit

Caminho

Caminho por onde conheço, não sei de pedras, já as tirei Não sigo indicações, não lembro de placas Vou ao meu rumo, com segurança Tenho medo e pouca fé, conheço o vazio Mas não sei onde ir e nem como chegar.

O Eu e o Nós - a terceira pessoa do plural

Comigo foi um dos motivos, com você também e com as minhas amigas idem. A conjugação dos verbos é essencial para um casal, o devido tempo verbal e a necessária concretização do coletivo duplo. Quando para você é nós e o outro está apenas no ele, algo está muito errado. Precisamos ter nosso espaço, mas quando o outro é só ele e você quer o nós, quando o MEU carro, a MINHA cama e o faço o que EU quero tomam conta, a conversa descambou. A relação é eu dou, mas não recebo. Eu planejo por nós e ele (a) por si. Eu faço planos e lhe incluo, o outro (a) não. E o desgaste e a subsequente falta de vontade, respeito e amor vai tomando conta de você, como uma sombra que lhe consome. O desânimo acaba minando a sua auto-estima, parece que você não tem direito a ser correspondido (a), de ter reciprocidade, de ser amado (a). Quem ama mais o seu umbigo não tem como erguer os olhos e perceber o outro e o mundo que se descortina com o amor correspondido. De tantos "Eu", o "Nós"

As ações

Você veio, soprou, voou, arrastou Beijou meus sonhos, me fez leve, fez  brisa Sussurou em silêncio  Fez da minha pele pele a sua Deixou perfumes, deixou risos

Som e fúria I

Porque é nos riffs pesados da guit arra que relaxo meus pensamentos  E é nos estrondos da música que  escondo meu medo No silêncio vazio do escuro que me  escuto E é na minha caverna isolada que me  encontro Refúgio, esconderijo e, sempre, o medo.