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Mostrando postagens de junho, 2013

Fingers

           Senhor Dedos Mágicos, minha calcinha não esqueceu de seus dedos dentro dela. Nem outra parte recôndita de minha anatomia. São lembranças úmidas de uma noite fria por fora, mas fervendo por dentro. Minha boca também manda lembranças à sua, que perdição nossas línguas se encontrando. Desde aquela noite, sonhos eróticos e malucos tumultuam meu sono. Uma imensidade de ideias e suspiros estão ecoando em cada lugar que vou. Quem diria, aquele cara quieto, sem jeito, hein? Uma ótima surpresa. E eu que pensei que você não fosse de nada, resolvi dar uma chance nem sei bem o motivo, carência, tesão recolhido, sei lá. Você esconde bem o jogo. Apenas um toque e eu quase tive uma síncope.  Senhor Dedos Mágicos, depois daquela noite tenho quase certeza de que quando não apenas seus dedos encontrarem minha intimidade, mas todo o resto, o Vesúvio em erupção será uma pálida lembrança. Acredito que será bom para ambos. Um cara que tem seu toque, esse calor abafado debaixo de uma ap

Sobre opiniões e bundas

Há muito tempo esse título surgiu na minha cabeça. Porque (e a frase não é minha) opinião e bunda todos tem. Muitos dão as duas, outros uma de cada vez e ou apenas uma. Como não fujo da luta, darei a minha (opinião). Sou daquelas pessoas que, talvez, os reacionários chamam de subversiva e os revolucionários e subversivos de ocasião chamam de reacionária, acomodada e egoísta. Fazer o quê, vejo o mundo sob outro prisma que não o A ou B. Me acredito como subversiva e tenho até um certo preconceito com os que nasceram abastecidos financeiramente ou que vivem num mundinho LVMC. Sim, gosto de sapatos e maquiagem, mas não cometo loucuras para comprar o que quero. Uma coisinha de cada vez. E sim, acho que os mais abastecidos não fazem ideia do que se passa com os menos. Mas pode ser um preconceito meu, admito. Mas ninguém pode me acusar de não ter ideias próprias e defendê-las argumentativamente sem ser lugar comum. Na verdade, possivelmente eu seja mais abastecida e nem me dê conta

Devaneio

E eu, que sorria, escondi no vento minha saudade e fiz do coração que palpitava o relógio do meu  tormento. Fiz das horas maldição e de você, pensamentos.

Sexo é um pudim

Eu fiz uma besteira enorme. Comentei um texto para lá de caliente e comparei sexo sem intensidade a um pudim pela metade em um prato. Pensei em um delicioso, cremoso, que derrete na boca e com aroma de baunilha pudim de leite. Por quê nunca associei antes? Pudim de leite é um convite para o sexo, com sua textura cremosa, sua suavidade e o fato de combinar com praticamente qualquer situação. Pudim é uma delícia, ele cria um sabor especialíssimo em nossa boca, causa comoção entre famílias para ver quem fica com o último pedaço. Um pedaço de pudim é quase como voar até o céu e voltar, com seu último pedaço e o restinho de calda escorrendo pelo prato. Como o orgasmo e nosso inimaginável gozo escorrendo da nossa vagina até o glorioso buraco secreto. Um pecado consumido com prazer e fome, como um pudim deve ser. Pudim aceita raspas de limão e de laranja, aceita sorvete de creme, aceita bolo, aceita caldas diferentes, só não aceita que você não o coma. Pudim deveria ser servido nos ca

Carta à minha amiga e ao meu ex

Queridos, escrevo a vocês porque não falamos mais. Fui muito má com vocês. Imagina, duas pessoas tão especiais, tão altruístas e equilibradas, como pude fazer o que fiz? Má, muito má. Fico feliz que estejam tão próximos, espero que percebam serem almas gêmeas. Aliás, gostaria de agradecer o carinho e a atenção que me dedicam. Vocês prestigiam meus textos e fazem propaganda deles, nossa, que bom. Minha modéstia não permite publicar os comentários doces que fazem, mas agradeço sinceramente a opinião de vocês. Me pauto por isso. Continuem a ler, comentar e falar de mim para as pessoas. É uma ótima divulgação. Mas fico mais feliz mesmo por saber que se importam comigo, com o que penso, faço, até sugerem que as pessoas me adicionem nas redes sociais, que bom, diminui minha solidão. Você, pessoas tão sinceras e rodeadas de amigos, se importam em aumentar minha rede de amizades e pedir para que eles informem sobre meus passos, tocante. E ocupados. Mas, mesmo tão cheios de afazeres, perdem

Nem tão perto, honey - Closer

Sou cinéfila assumida e participo de grupos e blogs sobre o assunto - Cinema e, dia desses, vi uma postagem sobre o filme Closer. Em seu lançamento foi um soco no estômago de muita gente, li críticos comentando que seria uma incômoda reflexão para a maioria dos casais. Quando assisti, vi cenas que quase protagonizei ou que mais tarde fui uma protagonista, mas que são mais cenários em minha mente do que realidade. As perguntas que o Clive Owen faz para a Julia Roberts são uma agressão aos dois, um acinte para a relação. Mas muitos casais querem esse excesso de sinceridade, que, ao meu ver, é uma mentira ao avesso. Quase como perguntar se já pensou em transar com outra pessoa. É claro que em algum momento se pensa em ir para a cama com alguém diferente, mesmo que seja em poucas situações. Acho que essa fidelidade exclusivista, esse necessidade de controlar pensamentos e ações é praticamente doentio. Controle, essa é a palavra. Parece que a mente é tão confusa e doente que p