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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Sobre saudade e amores interrompidos

Há um ano, 27 de janeiro de 2013, a maior tragédia da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, ceifou vidas e deixará sequelas em um número ainda maior de pessoas. No entanto, a mais pungente e triste sequela nem é tão comentada: a saudade de um amor interrompido, a dor de nunca mais poder aguardar a chegada do filho, ou de beijar o namorado(a), de não se saber como desenrolaria o futuro daquelas pessoas que se foram, se teriam filhos, como seriam suas carreiras profissionais, quais escolhas fariam e o resultado das que fizeram. Saudade espera retorno, amor espera abraço. O carinho suspenso pelo fogo  e fumaça estará sempre na vida dos que perderam alguém, ainda mais de uma maneira tão estúpida, tão egoísta. O meu mundo não é mais o mesmo, mas o mundo dos que sentem a dor de um amor interrompido e de uma saudade é inexoravelmente partido, modificado. E dói muito mais porque amor engasgado é amor que estrangula, asfixia, adormece. E não há remédio ou palavras que podem modificar e