Pular para o conteúdo principal

Síndrome do Leão da Montanha



Sei lá, esses encontros. A gente está ali, quieta, falando bobagem e gargalhando com as amigas, fugindo de encontros. Mas fugindo mesmo, chamo de Síndrome do Leão da Montanha, sempre escapando pela esquerda ou direita. Mas o raio do destino apronta, de novo. Não adianta, merda de campo magnético com defeito, sempre caras legais, mas sempre com algum MAS. Não quero, não vou ceder, não vou me magoar de novo, me machucar de novo, não vou, não vou, não vou. Chega dessa vida afetiva maluca, CHEGA, ouviu? Dessa vez, vou fugir, já decidi. Ponto final. E não vem com essa de que tenho que dar chance, quem sabe é alguém legal, blá, blá, blá. Chega de chances, chega de esperas, já escrevi isso antes.

Agora quero paz, sossego, vida mais calma. Tudo bem que um sofazinho e filme é tudo de bom. Mas esse programa não faz parte do meu cardápio. Acho que tenho mesmo que procurar uma garrafa de Jack Daniel's e beber puro, por favor. Em vários e longos goles para fingir que não me sinto sozinha. Cansei de você, Destino e do seu amigo atrapalhado, o Campo Magnético. Vocês dois só fazem merda. Bagunçam minha cabeça e me fazem chorar de raiva. Raiva de mim e do cara que vocês me apresentam. URGHS!!! Nojinho que dá, tanta baranga vagaba se dando bem com esses caras e eu aqui, sozinha. Eu que não mando em ninguém, eu que procuro me dar bem com a ex-mulher e os filhos, eu que não pego no pé, que não controlo, que não invado, que não poluo o espaço do cara com minhas sandices femininas. Bosta, viu. Porra. E não venham dizer que sou desbocada, Sinceramente, vá para o diabo que lhe carregue, sou desbocada. Ponto final. E vou fugir sim, vou me esfalfar fugindo, não dou mais chance para ninguém. Acabou a mamata, agora é guerra ou video game, eu fujo e fujo e fujo. Você não me pega mais, tenho pernas pequenas, mas sou rápida. É só desviar aqui e ali. Você não me pega, nanananananana!!! Tô fora. 

Não que eu não queira, sabe, quero sim. Mas custa ser assim, ele me olha, gosta de mim, eu idem. Conversamos, nos beijamos e o resto você já sabe. E a história se desenrola, naturalmente. Mas não, comigo tem que ser do jeito mais difícil. Você não se contenta em dar gostinho de quero mais, você me apresenta caras legais, mas sempre enrolados e confusos. Custa dar uma dentro, pra variar? Alguém, que, apesar de estar confuso e tal, que tenha atitude e me rapte para a vida dele. Juro, vou bem faceira. 

Mas agora fujo e fujo, Leão da Montanha incorporou em mim. Quem me quiser ou me pega no laço à distância ou à unha, sei lá. Preciso me sentir segura, saber o que o cara sente por mim, se realmente quer tentar qualquer coisa. Acho que a verdade é que quero um HOMEM. Assim mesmo, em caixa alta. Chega de quem não se decide, de quem não assume o que quer e o que sente. Porra, custa ser mais adulto? Ter atitude? Ex-mulher, ex-namorada todos tem. Eu tenho ex, também. E que é osso de tão chato. Mas quando a gente se envolve, vem o pacote, não adianta. Sempre será assim, desgostos, medos traumas, escolhas, tudo junto com a pessoa. Vá, vá, vá, chega desse papo, que já está na hora de fugir de novo e levar meus medos e mágoas para longe. FUI!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eu em mim

Eu estive aqui ontem. Hoje, sou outra a surgir. Eu estive aqui há um mês. Hoje, não quis voltar a dormir. Eu estive lá há um ano. Voltei agora e eu não sou o mesmo lugar. Eu me apaixonei há quatorze meses. Hoje, sou outra e não amo. Eu amei profundamente há três anos. Hoje, lembro com um afeto intenso, mas é outro o coração que pulsa. Eu me namoro hoje. Há oito meses queria morrer. Não sou a mesma em mim, mas somos as mesmas em processo de mudança. A Claudia melancólica, a Claudia fechada, a Claudia vibrante, a Claudia sombria, a Claudia falante. A Claudia quieta. A Claudia poeta. A Claudia que é a água de um rio, o sopro do vento, a chama da vela e a floreira da orquídea. A Claudia que me habita e a quem amo muito. A desesperança e o desânimo são intangíveis e impermanentes.  Meu amor por mim é árvore, que cresce um pouco todos os dias. Sou eu em mim, na mudança do hoje e do amanhã.

Manual da TPM para homens

Caro Homem Moderno, você precisa de umas dicas para sobreviver à nossa TPM. Sabemos que, para você, é uma verdadeira odisseia passar seus dias e noites com uma mulher que oscila de humor e atitude ao menos uma vez por mês. A primeira delas é: tenha juízo e caia fora. Mantenha distância absoluta, ainda mais se você não for o tipo de cara que sabe lidar com diferenças. Já entendi que você ignorou meu primeiro conselho, então, não reclame. Deixou de lado o bom senso e permaneceu por perto de uma mulher em TPM. Apesar do meu aviso, resolveu ficar ali, cuidando e acariciando sua linda amostra do Apocalipse. Para que você consiga passar indefinidamente por esse período com o mínimo de danos, recomendarei algumas atitudes muito salutares (ao menos para você). Entenda o princípio  de tudo. Sofremos todos os meses um bombardeio hormonal a fim de ovularmos e, posteriormente, menstruar. Não é fácil a tempestade emocional de uma mulher, afora os eventuais desconfortos físicos, como cól

Meio ogra, inteira sua

Poderia me descrever de várias maneiras, exaltar minhas qualidades e fazer você acreditar que sou a Branca de Neve esperando pelo seu príncipe, o que não é verdade. Para começar, digo a você que sou meio ogra, grossa e desastrada, que ando avoadamente nas ruas e, algumas vezes, quase fui atropelada. Posso comentar, inclusive, sobre minhas TPMs ferozes e que não saberá se chorarei ou terei raiva de alguma situação. Mulher-Iceberg, tenho um coração que se derrete mas que também congela. Impulsiva quando o sangue ferve, quando resfria vem a calma e o arrependimento. Não pergunte o que sinto, perceba quem sou. Observe minhas janelas verdes e saberá cada nuance das minhas emoções e onde escondo os sentimentos, siga meus passos e descobrirá a caverna escura onde me escondo. Posso afirmar que gosto de gente, mas adoro ficar sozinha. Gosto de cuidar dos outros, mas preciso e muito que cuide de mim. Não uso biquíni, não viu à praia, não gosto de areia e não me bronzeio, embora, mo