Entrei em uma bolha, me isolei de afetos. Isolei meu corpo e meu coração sensível, que apesar de ser alojado num peito roqueiro, bate em ritmo de John Mayer e sua linda Heartbreak Warfare. Não quero essa ansiedade de esperar. Esperar uma ligação, esperar aparecer no bate-papo, esperar adicionar no rede social, esperar encontrar, esperar nadas. Ufa, enchi. Acho que quem me quiser terá que agarrar a unha. Entrei em minha zona de conforto, minha bolha, minha caverna. Me abstenho de sexo e envolvimento. Sei que é loucura e muita neurose, mas já me machuquei, já tive minhas mágoas e meus sentimentos refugados. Preciso ficar sozinha, na minha. Prefiro não sentir. Não sentir falta, desejo e vontade; não sentir o coração vibrar, não querer, não sorrir baixinho, não chorar, não nada. Eu sei que vai tirar um pouco da graça, vai tirar o sabor, mas tem quem viva assim e fique bem. Por quê comigo seria diferente?
E esse momento em especial requer uma fuga. Fugir de mim e de qualquer criatura do sexo masculino que cruze meu caminho, minha rota está traçada. Quero amor, quero muuuuuuito sexo e muito amor e muito sexo, enfim, mas uma relação real e que esse homem tenha atitude e pegada. Certo, em casa e fugindo eu não vou dar chance a ninguém. Mas talvez eu queira ser surpreendida, talvez eu tenha a remota esperança de que um Homem tenha atitude suficiente para vir me pegar, reivindicar meu corpo e meu amor. Mas que esteja inteiro e com vontade de mim.
Não quero viver desse jeito, aqui e ali, perdendo alguns pedaços. Sei, posso ser dramática, afinal, sangue italiano é assim. Mas quero um abraço, quero carinho, quero de tudo. Quero um Homem, unzinho só. Só meu, para eu ser só dele, todinha e irremediavelmente dele.
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