Então nos vimos sós. Na minha cabeça passaram mil pensamentos, vontade de ir embora, medo de que não fosse bom, desconfiança, arrependimento, excitação, curiosidade. E estávamos ali, em frente um ao outro. Pensei se ele me quer, vai ter. E puxei seu rosto e beijei, um beijo cheio de fome. Serei sua, meu beijo dizia, me queime, me possua, me desbrave. E ele fez.
Ele lê pensamentos. Ou tem um GPS do meu corpo. Cada toque, cada beijo, cada atitude parecia obedecendo a uma ordem. E ele sabe tocar as cordas da minha vontade como ninguém, sabe orquestrar uma sinfonia de gemidos e gozo, sabe vibrar e contorcer meu corpo em um crescendo até que eu me perca sentindo seu toque. E toca certeiramente onde tem que ser, parece ter um mapa da minha pele, do meu sexo. Maestro do corpo feminino, sabe os pontos cegos em que me perco, ateia fogo dentro de mim. Sabe fazer o ápice da sinfonia abaixar e novamente crescer e abaixar inúmeras vezes. Ouço címbalos e tambores, após um suave violino ao fundo. Um piano dedilhado com maestria sabe conduzir certeira a orquestra.
Esse GPS que conduz suas mãos, sua boca, seu ritmo, me conduz nos caminhos dos lençóis, travesseiros espalhados, cheiros e ecos dos gemidos pelo quarto. E seu GPS me conduz aos caminhos que nem lembrava conhecer, mostrou sabores que não pensei provar, me fez mulher como há muito tempo não me sentia. Você é um perigo, um doce de sabores intensos, é um baú cheio de tesouros, é meu recife submerso com inúmeros esconderijos e segredos. Onde os outros pensam que são mestres, você é PHD.
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