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Copiado de www.desenhoswiki.com em 25/01/2013 às 23h 36min. |
Quando era criança, minha maior ambição era conhecimento. Imaginava muitos livros em volta e o símbolo máximo para mim era uma sala inteira rodeada de estantes abarrotadas de livros. E que eu tivesse lido a metade, no mínimo. Estranho para uma criança e adolescente, não? Mas eu era uma devoradora de livros, cada história me transportava para um cenário, via cada cena descrita nos livros, fazia um retrato mental dos personagens. Monteiro Lobato e seu Sítio do Pica-Pau Amarelo foram engolidos para dentro da minha mente. Queria ser a Emília, a Narizinho, uma fada ou uma bruxa, tanto fazia. Conhecimento era minha fome. E, de tanto querer conhecer, percebi que me conhecer, saber quem eu era e sou e a história que conto é o conhecimento mais importante. Meu corpo, meus ciclos, minhas emoções e pensamentos são primordiais em minha eterna busca por saber. Me saber. Mesmo os livros e as revistas ensinam sobre mim e sobre a vida que pretendo viver.
Enquanto as outras pessoas apenas fazem a pergunta "quem eu sou?" depois dos quarenta anos ou até mais tarde, eu fiz e faço desde a adolescência. O grande objetivo da minha vida sempre foi ser Eu. Minha identidade enquanto mulher e pessoa sempre veio antes de qualquer outro objetivo e vontade, talvez por isso o material tenha sido deixado para trás (bem atrás, hehe!). Vejo amigas e amigos batendo pino na vida, repetindo erros em relações e no trabalho, que sequer admitem suas fragilidades, cometendo suicídio emocional e financeiro porque não se conhecem. Ou, quando olham para dentro, não gostam da visão que tem e a preguiça de mudar fala mais alto. Têm medo do monstro que habita ali, nas profundezas de cada um de nós, da sombra que há em nossa cabeça inquieta e confusa. Somos andarilhos e eternos piratas de nós, o tesouro da vida é viver, mas a humanidade esquece disso. Esquece de contemplar sua vida e seu meio, esquece de apenas estar ali, em corpo e mente. Os pensamentos estão dispersos em outras situações e não em nós, nunca reservamos um momento do dia para nos observar. Assim, boa parte desses primatas bípedes humanos chegam à terceira idade frustrados, arrependidos e pensando nos vários Se que ecoam em sua mente.
Tenho meus "Se" também, mas corrijo. Evoluí bastante e tomo decisões com convicção, muito medo, mas em frente. Percebo que decidir por mim, pelas minhas emoções e ideologias, sem egocentrismo, é a melhor das atitudes, evitará os "Se" no futuro. Frustrações não fazem parte do meu vocabulário, resolvo bem na minha cabeça o que não fiz. E o que fiz, inclusive. Faz parte de ser eu, de ser essa pessoa complexa, cheia de nuances, mas com uma personalidade única que permeia cada faceta de mim, cada cantinho empoeirado do meu coração e da minha mente. Lógico que ainda tenho muito, mas muito a evoluir e realizar em minha vida, mas uma certeza eu levo no peito, a de que sou inteira em cada milésimo de fração de segundo da minha estada nesse planeta. A certeza de que sou profundamente eu nos dias de hoje e que essa Eu aqui está por completo nessa vida. E com você.
a minha forma de evitar as frustrações, ou enfim, de não ser uma pessoa frustrada por não estar naquela situação que, como sempre, "eu imaginava"é nunca desistindo. Penso que vou conseguir, e sinceramente, ás vezes tenho medo que seja um otimismo exacerbado e irreal, mas enfim, minha pala é: não desistir nunca, seja lá do que for que eu esteja almejando. Seja emagrecer, seja mudar minha vida profissional, seja me tornar aquela mulher super culta que eu sempre quis ser. Não desisto. Estudo o que dá, sigo a dieta como dá, assisto aos filmes alternativos que consigo, leio um livro quando dá. Mas não desisto. É a minha essência, pulsante, boa ou má.
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