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Autor desconhecido |
Pois é, amiga e amigo leitor. Nesse nosso mundo moderno, onde tudo é volátil e o prazer tem que ser aqui e agora, as aparências contam mais que a essência e aparentar é mais importante que sentir, percebo esse tipo de "amor"tadela. Nunca o vivi ou experimentei, mas, ao ver alguns amores de conhecidos pessoalmente ou via redes sociais, de declarações apaixonadas e, após alguns poucos meses se afastam, lembrei imediatamento do Nescafé. Se for um quebra galho ou para um café batido, nada contra, mas é a questão do amor instantâneo, aquele que é só misturar com água quente e se dilui. O problema é esse, amor precisa de tempo para surgir, ser cultivado e esperado. E pode nunca acontecer. Já conheci uma pessoa em que eu soube que se a história se desenrolasse eu PODERIA amá-lo um dia. Ou não, mas a possibilidade havia. Mas, no amor instantâneo, é aquela versão holywoodiana e muita da canastrona que surge. Tem, na maioria das situações, uma carentona profissional e um safado oportunista de plantão. Ou dois desmiolados que não tem jeito, serão eternos adolescentes a procura da onda perfeita. Que é meio difícil em um cenário urbano, convenhamos.
Poderia citar alguns (ainda bem que poucos) casos recentes, mas prefiro apenas relatar as situações. Sempre é assim, um coração carente (e, algumas vezes confuso ou partido) é atraído para uma cova por um lobo faminto de poder e maldade mesmo. Muitas vezes, de olho nas benesses financeiras, outras, motivos obscuros, talvez um vício em relações de poder, não saberia dizer. Ou duas pessoas movidas a adrenalina, que precisam de relacionamentos malucos, doentios, que se esgotam e apagam em pouco tempo, auto-inflamáveis. Observei que a vaidade é um ponto forte nesse tipo de relação. Eu juro que não consigo entender esse tipo de "amor"tadela instantâneo, em pouco tempo se conhece e já sai namorando, noivando, casando e divorciando. E há quem diga que são pessoas intensas, sei. Intensidade não é loucura e nem querer tudoaomesmotempoagora. Isso é impulsividade, falta de juízo, falta de maturidade, sei lá, pensem alguma falta que também deve ser. Intensidade tem a ver com sentir de fato, com profundidade e, essas pessoas, eu acredito que são rasas ou estão fugindo de alguma situação.
Pode ser que não saibam esperar. Acredito ser mais possível que não saibam o que querem, que estão perdidas e nem sabem onde se encontrar. Então, qualquer pessoa é a pessoa, qualquer relação é a relação. Tudo serve à quem não sabe o que tem ou o que pode ter. Tenho pena, porque sofrem pelo que nem tiveram, mas que queriam ter. Sofrem sem necessidade, isso quando não há consequências mais sérias, como no caso de uma mulher se envolver com um oportunista. E tem os viciados em paixão, também, que quando baixa a adrenalina imediatamente desistem da relação com a desculpa de que se enganaram com a pessoa.
Acredito que o caminho para se desligar e, melhor, evitar esse tipo de relação é o auto-conhecimento, é entender como funciona sua cabeça, respeitar sua história e ter paciência. Saber ficar sozinha (o) também é fundamental. Ser sua melhor companhia é a certeza de que não vai entrar em uma roubada, se submeter à dores desnecessárias. Quando nos amamos, é impossível (eu acredito) acontecer esse tipo de relação. A vida é uma grata surpresa para quem sabe viver. E entende que um café Gourmet, passado em uma cafeteira divina, apesar da espera, vale muito mais a pena, pelo saber e a experiência que proporciona.
Muito bom seu texto!
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