Faz algum tempo que a vida ensinou uma lição para mim, tão simples e por isso difícil de ser compreendida. Até que, em um dos meus estalos, percebi claramente. O adequado não é o certo. Puft!! Mais uma cortina que fechava meus olhos foi ao chão, mais uma vez percebi algumas nuances da vida, mais uma vez acordei. Ou sonhei ainda mais. Essa lição veio com o fim de uma relação que, custosamente para mim, arrastei por alguns anos, queria ter alguém, uma história em comum. Quando rompi, aprendi que procurei um homem adequado ao conhecer meu ex e nunca ouvi a voz do coração, não me envolvi com o certo. Planejei me relacionar com ele e não deixei acontecer, o que teria sido um fim anunciado de um defunto que morreu tarde, a relação. E não sou a única, muitos e muitos casais ficam e permanecem juntos por acomodação, por dinheiro, por carência, por se prenderem a uma relação, uma história e não por amor, enfim motivos errados. É mais importante aparentar a relação do que viver a mesma.
Estar adequado não se aplica apenas aos relacionamentos, quantas vezes seguimos carreiras apenas porque "dá dinheiro", quantas vezes frequentamos lugares que são "adequados", mas não nos divertem, quantas vezes nos adequamos ao outro, à moda, ao mercado e deixamos de viver e planejar. Planejamos as despesas ao final de mês, mas não planejamos um tempo com quem amamos, não planejamos um passeio (barato) por um parque com os amigos, não curtimos nossos animais de estimação, não amamos nossos pais e nossos irmãos. Apenas nos adequamos, mas agir conforme nossa intuição, seguir regras próprias e ter um norte pessoal que nada a ver com o senso comum sobre o que você deve fazer com a SUA vida é posto de lado. Uma pena, várias boas idéias adormecem eternamente, vários bons artistas são esquecidos dentro de você, um poeta, um músico ou um escritor, hein? Eu havia sublimado meu lado escritora, havia esquecido das poesias e das linhas firmes de um texto. Que bom que voltei à vida, ao mundo em que realmente me sinto em casa. E não é o mundo adequado, mas é o meu certo. Não agrado a todos, mas agrado a muitos e a pessoa mais importante: EU.
O que seriam dos exploradores, que se arriscam por lugares selvagens para pesquisar, catalogar e mostrar ao mundo o que viram se tivessem seguido a opinião dos familiares sobre não ser uma profissão segura e os manter afastados da família; que seriam dos grandes cientistas se fossem apenas seguir carreiras promissoras e milionárias em indústrias e não contribuir grandemente com o conhecimento sobre a saúde humana; que seriam dos atos heróicos de salvamento se estivessem adequados à segurança de seus lares e omissão; que seriam dos grandes pensadores que mudaram a maneira de ver e viver o mundo se houvessem seguido o senso comum; enfim, o que seria da humanidade se as pessoas apenas se adequassem aos padrões e não seguissem seus instintos e valores próprios. Como se percebe são os transgressores que não se adequam ao "normal", ao "aceitável" que movimentam o mundo.
O que seriam dos exploradores, que se arriscam por lugares selvagens para pesquisar, catalogar e mostrar ao mundo o que viram se tivessem seguido a opinião dos familiares sobre não ser uma profissão segura e os manter afastados da família; que seriam dos grandes cientistas se fossem apenas seguir carreiras promissoras e milionárias em indústrias e não contribuir grandemente com o conhecimento sobre a saúde humana; que seriam dos atos heróicos de salvamento se estivessem adequados à segurança de seus lares e omissão; que seriam dos grandes pensadores que mudaram a maneira de ver e viver o mundo se houvessem seguido o senso comum; enfim, o que seria da humanidade se as pessoas apenas se adequassem aos padrões e não seguissem seus instintos e valores próprios. Como se percebe são os transgressores que não se adequam ao "normal", ao "aceitável" que movimentam o mundo.
Não quero me adequar, ser a mocinha comportada que não usa minissaia, a dona de casa que não faz do cano de aspirador de pó seu microfone para um bom rock, a mulher que nunca fala sozinha, que não usa decotes, que não ousa na maquiagem, que não vive. Jogo beijos para a Lua, converso sozinha na sacada de casa, cantarolo enquanto caminho na rua, não me preocupo com o que vão pensar. Faço festas solitárias em casa, danço na sala, faço coreografias, me jogo. Se adequar ao pensamento alheio é uma maneira de enlouquecer, simples. E também, uma outra maneira de ser covarde. Porque os "outros" sempre terão uma opinião ao seu respeito e todas díspares, então, vem outro aprendizado, julgar menos. A sociedade, geralmente, é hipócrita, covarde e imoral, na verdade. Debaixo dos tapetes, há incompreensão, preconceito, intolerância e desrespeito por quem é autêntico e tem coragem de ser diferente. Lógico que precisamos respeitar algumas normas de conduta, como o respeito, a empatia, a compreensão. Mas não tenha medo de pensar, analisar, desde que você viva com o princípio de ter leveza e paz. Porque só se vive uma vez.
Excelente texto :)
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