Tenho pensado muito em você, na verdade, sinto muita saudade, muita mesmo. Saudade daquele homem que conheci em uma noite, num bar, ao som de Pink Floyd. Dos olhos que me fixam vidrados. Sabe, acho que aquela noite enxerguei fascínio em você. Seus olhos mergulharam nos meus, sem equipamento de mergulho, sem medo, até porque acredito que por não esperar e não desejar foi que aconteceu. Tenho saudade dos seus olhos me fitando, com esse seu jeito inseguro, que você não admite, mas é. E eu não facilito nem um pouco, em vez de pontes, ergui um muro entre nós. Você também não ajuda ou não quer, pelas suas atitudes acredito que conheceu alguém. Mais uma vez, espantei, acho que não tenho jeito para essas situações. E o mar revolto que é teria dificuldade em romper meu muro, talvez não queira. Talvez não queira meu coração ou não quer dar o seu. Por isso, escrevo essa carta para você. Jurei nunca mais fazer nada, mas as palavras pediram passagem, transformando em uma bagunça os meus pen...
Uma mistura confusa de objetividade e sensibilidade, de mulher e poeta, de gente e de sonhos. Metade noite e pensamentos, metade ativa e solar. Como Perséfone, que inverteu a ordem do Reino do Submundo.