Aquele domingo acabou só na folha do calendário e nas horas que se passaram. Dia 27 de janeiro de 2013 foi o dia em que o diabo visitou o Rio Grande do Sul e fez um acampamento especial em minha cidade, Santa Maria. Só isso explica o inferno, purgatório e limbo existencial que enfrentamos ontem. Moro perto de um dos principais hospitais da cidade e o barulho de sirenes das ambulâncias foi durante todo o dia e mesmo hoje, que é segunda-feira, ainda são escutadas. A cena foi igual a um atentado ou uma guerra, as pessoas aglomeradas na praça aqui da frente de casa esperando notícias, famílias, amigos e curiosos esperando no Centro Desportivo Municipal, nosso popular Farrezão. Rostos estáticos, em choque, pessoas chorando, aflição, medo, angústia e dor. Como sou muito sensível à morte, perco pessoas desde meus seis anos de idade, claro que me afetei e ainda estou afetada. Deve ser porque não visitei minha amiguinha de infância Fabíola, meus pais não me deixaram pois ela est...
Uma mistura confusa de objetividade e sensibilidade, de mulher e poeta, de gente e de sonhos. Metade noite e pensamentos, metade ativa e solar. Como Perséfone, que inverteu a ordem do Reino do Submundo.