Eu, que me considerava fria, descobri que não sou, que meu coração não é de pedra. Descobri que sentimentos falam o tempo todo, e podem me ensurdecer, que meu coração tem vida e um espaço reservado para alguém especial. E descobri que saudade explode no peito, pode ser quase uma presença na vida da gente. Parece trama do Destino (esse infeliz que só me apronta), justo eu que quero esquecer, lembro mais que nunca, porque a saudade me lembra dele, me faz enxergar nossa história em cada filme, em cada música, em cada momento. Eu transbordo esse homem e não sei o que fazer com isso. Não é o nosso momento, não estamos perto, mas estamos tão próximos que até dói. Tem momentos em que acho que embirutei, só pode. Tenho a impressão de que ele me chama, que sei quando ele pensa em mim. Sou capaz de saber quando ele fica inseguro em relação a mim. E que essa saudade dói. Sei que a ausência dele não sossega meu coração, sei que deixa ele mais presente. E é uma tortura querer estar perto de al...
Uma mistura confusa de objetividade e sensibilidade, de mulher e poeta, de gente e de sonhos. Metade noite e pensamentos, metade ativa e solar. Como Perséfone, que inverteu a ordem do Reino do Submundo.