Ultimamente tenho assistido vários filmes baseados na obra de Nicholas Sparks. Provavelmente entendi porque faz tanto sucesso e eu gosto imensamente dessas histórias de amor sobre superação, erros e acertos e abandono de um amor por medo. Claro que descreve o poder edificante do amor e até curativo, mas o grande mérito do autor é descrever que o sentimento não é linear, aquele jogo fácil se conhecem, se querem e sacramentam a relação. Não funciona assim na vida real e é por isso que cada filme, cada livro me leva a um mundo interior onde preciso aprender a arriscar, mesmo que perca, mesmo que um pedaço meu se vá, mesmo que erre ou que eu não compreenda alguma atitude. Mesmo que o amor seja por alguns dias, como em Noites de Tormenta, mas foram dias que mudaram o casal de maneira irreversível. Descobriram juntos que o sentimento os transformou em alguém melhor e que a vida ganhou significados e afeto. A cena final, para quem assistiu, foi dolorosamente linda. Ouvir ao filho de Paul Flanner afirmar que Adrienne, com seu amor, o havia transformado em um pai e um homem melhor foi de uma beleza pungente.
Querido John, Diários de uma paixão, Um amor para recordar, Um homem de sorte, falam em ruptura, amadurecimento, tempo, escolhas, alguns segredos, falhas na comunicação, todos os problemas experimentados por nós. Mostra que é possível resgatar um sentimento e uma relação do passado, desde que o amor esteja ali. O amor, afinal, é uma escolha. Ou se vive, escolhe o risco ou podemos passar de história em história sem aquela profundidade, sem entrega. O personagem Landon Carter, ao final do filme Um amor para recordar, disse que valeu a pena ter se casado com Jamie Sullivan, mesmo sabendo que ela tinha pouco tempo de vida, porque eles viveram mais amor naquele pouco tempo do que muitos casais experimentam uma vida inteira. Amor não está nos anos de casamento, ele se esconde na fragilidade de alguém e na vontade de fazer dar certo. Amor é risco e coragem. Amor é se permitir, sem pensar no tempo inexorável. Amor é transformação, é mudança, é entrega.""Nosso amor é como o vento, não posso vê-lo, mas posso senti-lo"
Sentimentos não são lineares, não obedecem a pré-requisitos. Sentimentos surgem do nada em situações que escapam do nosso controle. Talvez essa seja uma das mais legais mensagens que Nicholas Sparks mostra: é impossível controlar o sentimento e por quem ele surge. Não são os casais prováveis "modelos" os mais reais e prováveis, são os casais que surgem ao acaso, sem programação, sem regras. Pode ser a união de uma desmioladinha com um sonhador, o encontro de duas pessoas com alma de poeta, da mulher de opiniões com o cara que sempre namorou patricinhas controladoras, do cara quietão com a mulher cheia de vida. São pessoas que não percebem a mudança acontecida, mas sentem. Podem seguir vivendo suas vidas como antes, mas aquela pessoa especial nunca mais sairá da sua cabeça ou do seu coração. Sei, atirem pedras, hehehe, digam que soou clichê. Mas acusem o golpe quando essa situação surgir em suas vidas.
Relacionamentos não obedecem a padrões. Porque as aparências escondem quem somos na essência, mas o engraçado é que nos relacionamos com quem não nos compreende, não nos "saca" de verdade. Parece que procurar ficar dez, vinte anos com uma pessoa que não olha fundo para nós é mais fácil do que o risco de se perder (e se achar, fala a verdade!) em um par de olhos poéticos e frágeis. E é mérito de Nicholas Sparks mostrar que o amor não é feito de gestos grandiosos e grandes demonstrações. É feito de mágoas (imaginem John na guerra dispensado pela namorada - e ela o amava), de desencontros e perdas, é feito de pessoas reais com seus conflitos e medos. Lacrimoso (para mim, quase desmanchei as páginas do Diário de uma paixão chorando), tocante, lindo. Você vai amar, se entregar, aceitar que o amor, realmente, não morre. Ele fica aqui, escondido em algum lugar, por toda a nossa vida. Boa leitura e boa sessão de cinema!
Relacionamentos não obedecem a padrões. Porque as aparências escondem quem somos na essência, mas o engraçado é que nos relacionamos com quem não nos compreende, não nos "saca" de verdade. Parece que procurar ficar dez, vinte anos com uma pessoa que não olha fundo para nós é mais fácil do que o risco de se perder (e se achar, fala a verdade!) em um par de olhos poéticos e frágeis. E é mérito de Nicholas Sparks mostrar que o amor não é feito de gestos grandiosos e grandes demonstrações. É feito de mágoas (imaginem John na guerra dispensado pela namorada - e ela o amava), de desencontros e perdas, é feito de pessoas reais com seus conflitos e medos. Lacrimoso (para mim, quase desmanchei as páginas do Diário de uma paixão chorando), tocante, lindo. Você vai amar, se entregar, aceitar que o amor, realmente, não morre. Ele fica aqui, escondido em algum lugar, por toda a nossa vida. Boa leitura e boa sessão de cinema!
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