- Detesto quando repete trechos dos livros de auto-ajuda que leu, inúmeras vezes, como se usasse compartimentos para guardá-los e usar em qualquer ocasião
- Detesto quando usa teorias que leu para explicar uma situação, mesmo as situações mais diversas que acontecem
- Detesto quando usa lugar-comum mesmo sendo tão inteligente e sagaz
- Detesto seus sumiços, mas detesto com a força da minha raiva e do meu sentimento
- Detesto quando diz não entender porque gosto de você, com esses olhos lindos, assustados e inseguros
- Detesto quando não aceita meus elogios
- Detesto quando me põe em um altar, faz dom que me sinta inacessível
- Detesto sentir essa saudade de você, esse tsunami que me afoga volta e meia ao pensar em você
- Detesto perceber que é tão especial, único, ao conhecer outro cara ou ouvir as histórias das minhas amigas sobre os homens com quem se envolvem
- Detesto, principalmente, fortemente, tristemente, não conseguir detestar você.
Eu estive aqui ontem. Hoje, sou outra a surgir. Eu estive aqui há um mês. Hoje, não quis voltar a dormir. Eu estive lá há um ano. Voltei agora e eu não sou o mesmo lugar. Eu me apaixonei há quatorze meses. Hoje, sou outra e não amo. Eu amei profundamente há três anos. Hoje, lembro com um afeto intenso, mas é outro o coração que pulsa. Eu me namoro hoje. Há oito meses queria morrer. Não sou a mesma em mim, mas somos as mesmas em processo de mudança. A Claudia melancólica, a Claudia fechada, a Claudia vibrante, a Claudia sombria, a Claudia falante. A Claudia quieta. A Claudia poeta. A Claudia que é a água de um rio, o sopro do vento, a chama da vela e a floreira da orquídea. A Claudia que me habita e a quem amo muito. A desesperança e o desânimo são intangíveis e impermanentes. Meu amor por mim é árvore, que cresce um pouco todos os dias. Sou eu em mim, na mudança do hoje e do amanhã.
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