Pular para o conteúdo principal

Está aí?



Não sou mulher de joguinho e frescurite, provavelmente, se dissesse a alguém que enviaria essa mensagem a você, diriam, ah, mas assim ele vai pensar isso e aquilo, ah, mas vai encher a bola dele e outras, baseadas nessa sua mania de procurar sentido no que não há, até porque, quem faz sentido é soldado. E quer saber? Que se dane o que pensará, que se danem suas teorias da conspiração, que se dane essa mania triste de querer explicar o que simplesmente é. Ou dirá que até a forma do cocô é por algum motivo obscuro? Me poupe. Por isso, escrevi para dizer que é a última mensagem. Poderia ligar ou procurar, mas costumo retribuir o tratamento que recebo, o bom e o mal. Posso ser covarde em algumas situações, mas deve ter percebido que não fujo de expressar minhas opiniões. 

Enfim, sabe como me senti ou o que passou pela minha cabeça com essa atitude de me tratar como leprosa? Fugiu de mim, descaradamente, como se fosse portadora de alguma doença contagiosa.  E problemas por problemas, vamos disputar quem mais sofre com os seus. Pensa que sou uma fortaleza? Desabo, também. E, caro amigo, seus olhos não mentem para mim e sei muito bem o que vi neles, a maneira única como me olha. Ou vai dizer que é o teorema de Pitágoras aliado à psicanálise e ovnis que fazem com que olhe daquela maneira eloquente para mim. Purfa, né. Vi em você o mesmo que vi em mim, mas saca só um detalhe: sempre, mas sempre mesmo, gostarei muito mais de mim. Não preciso de homem, afinal, troco botijão de gás. Uma mulher que faz isso, francamente, não precisa de ninguém. Não sei e nem quero saber se está saindo com alguém, mas faz parte desse tipo de fuga buscar outra emoção. Não vai e nem eu vou encontrar, mas quem sofre da Síndrome do Leão da Montanha (aquele que dizia saída pela esquerda), precisa de válvulas de escape, ah, esse é um texto meu de 2012, se tiver paciência, cata no blog, não facilitarei. Se quiser ajudar ainda mais nessa fuga, posso excluir não só do pensamento, como do telefone e das redes sociais, sem problemas. Afinal, minha doença contagiosa é um problemão. Vai que transmite pelas ondas do celular? Eu, hein.


Sei bem o que é conhecer o desamor nessa vida e sei que algo diferente disso apavora tanto que dá comichão. Afinal, quando a dor é velha conhecida, sentir algo bom e que muda nossas percepções é profundamente difícil de lidar. Nunca falei em tipo de relação, apenas queria tentar o que fosse, sem blábláblá e rotulações ou xaropice. Mas, como sou boa entendedora, uma fuga enlouquecida basta. Enfim, essa é a última vez que importunarei, nem precisa se esconder de mim, caso estejamos em algum mesmo lugar, manterei distância segura de ti. Posso usar máscara para não lhe contaminar com minha saliva e luvas cirúrgicas. Tudo pela sua saúde e tranquilidade. Fica bem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Amor xadrez

Em uma das várias conversas com amigas, hoje, ao telefone, comentei com uma delas, que é do núcleo duro da minha vida, que o amor virou um jogo de xadrez nesse mundo moderno. E SOU PÉSSIMA NO XADREZ. Dei risada na hora e pensei que é um ótimo tema para um texto. E me postei em frente ao computador para cuspir essas linhas, hehe. Vida dura de mulher solteira e que se banca num quesito muito mais fundamental do que apenas ter um contra-cheque: personalidade. Pagar uma conta várias pagam e até não são más pessoas, mas assumir suas opiniões e se postar perante a vida e o mundo com um sonoro DANE-SE, virando solenemente as costas para o que não está lhe servindo ou não agradou é para poucas. Não disfarço quando não gosto de alguma situação e não engulo um sapo-boi apenas para manter um homem ao meu lado a qualquer custo. Ou me ama e assume um compromisso afetivo comigo ou rua. Até dou chances, mas esses trouxas não entendem que não faço parte da decoração. Também não acredito em ...

As grandes amizades

Uma postagem minha, numa dessas tantas redes sociais, rendeu uma conversa inspiradora com uma amiga muito querida que tem a história de vida bem parecida com a minha, sobre como a amizade se dá mais pela ocasião do que por afeto. Que muita gente é egoísta, procura apenas quando vê necessidade ou quando está sozinha, isso sabemos, mas o comportamento de várias dessas amizades atinge o absurdo. Sabotar futuros relacionamentos, enciumar-se de alguma outra amiga, cobrar atenção quando quem sumiu foi a pessoa em questão, comparar-se, enfim, tantas atitudes sem motivos e sem noção que nem sei descrever. Gente que agradece aos amigos que tem, sentados em volta de uma mesa, num bar e bebendo muitas cervejas, isso é lindo. Quero ver esses mesmos "grandes" amigos procurar em casa, quando a pessoa está sozinha ou com algum problema. Lógico que não serão seus amigos, a finalidade é essa mesma, apenas diversão e banalidades. Há situações que acontecem na nossa vida que são um tap...

Fingers

           Senhor Dedos Mágicos, minha calcinha não esqueceu de seus dedos dentro dela. Nem outra parte recôndita de minha anatomia. São lembranças úmidas de uma noite fria por fora, mas fervendo por dentro. Minha boca também manda lembranças à sua, que perdição nossas línguas se encontrando. Desde aquela noite, sonhos eróticos e malucos tumultuam meu sono. Uma imensidade de ideias e suspiros estão ecoando em cada lugar que vou. Quem diria, aquele cara quieto, sem jeito, hein? Uma ótima surpresa. E eu que pensei que você não fosse de nada, resolvi dar uma chance nem sei bem o motivo, carência, tesão recolhido, sei lá. Você esconde bem o jogo. Apenas um toque e eu quase tive uma síncope.  Senhor Dedos Mágicos, depois daquela noite tenho quase certeza de que quando não apenas seus dedos encontrarem minha intimidade, mas todo o resto, o Vesúvio em erupção será uma pálida lembrança. Acredito que será bom para ambos. Um cara que tem seu toque, es...