Ciúme, esse demônio que sai de uma sombra qualquer e nos atormenta. Que faz ver o que não há e maximizar um situação inexistente. Que faz salvar a foto da ex e analisar mil vezes para descobrir cada detalhe ridículo da pessoa. Que faz ver situações que nunca aconteceram, entender mal uma frase ou destilar veneno na amiga lésbica do cara. Que ocasiona discussões inúteis e, muitas vezes, dolorosas sobre passado, presente e futuro. Que pode induzir um grau tão elevado de insegurança e demolir com a boa convivência. Que faz bisbilhotar a vida de cada amiga nova adicionada nas redes sociais e cada bunduda gostosa que dá oi na rua. Que faz você se acreditar tão menos do aquela ou essa ou outra que cruzou, cruza ou jamais cruzará pela vida do pobre coitado (isso serve para relações hétero ou homossexuais). É, amiga (o) ciumenta (o): precisa ser santo ou parente dele para aguentar esse rojão. O complicado é quando os dois são doentes de tão ciumentos. Daí é uma guerra, queda de braç...
Uma mistura confusa de objetividade e sensibilidade, de mulher e poeta, de gente e de sonhos. Metade noite e pensamentos, metade ativa e solar. Como Perséfone, que inverteu a ordem do Reino do Submundo.