Você tem uma vida de solteira (o), é acostumada (o) com ela, faz tudo ao seu modo e, sejamos sinceras, gosta que seja assim, mesmo quando afirma o contrário. Mas, sempre há um mas, volta e meia um bichinho cutuca seus pensamentos e dá um nó em suas certezas. Experimenta algumas relações aqui e ali, no fundo deseja que não vinguem. Está cercada (o) por suas convicções, mas esse bichinho cutuca. Cutuca e cutuca tanto, que uma aflição lhe assola e é das aflições perigosas, como ir ao supermercado com fome. Você, uma pessoa experimentada e vivida, que sabe muito bem a diferença entre sexo e relacionamento, que se for para a cama com alguém tem que ser uma situação especial, se confunde toda (o). Isso, esse bichinho, é denominado carência. Sabe uma criança ou um cachorrinho sem atenção? Você fica igual. E, igualmente, as pessoas podem acariciar seu rosto, mas irão embora, não podem ou não querem levá-la para casa. Bem, a maioria. Alguém talvez queira, mas pode ser que não seja a melh...
Uma mistura confusa de objetividade e sensibilidade, de mulher e poeta, de gente e de sonhos. Metade noite e pensamentos, metade ativa e solar. Como Perséfone, que inverteu a ordem do Reino do Submundo.